Natureza em estado puro

Conheça nosso projeto

22/05/2010 19:08

 

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

UNIDADE DE EDUCAÇÃO Á DISTÂNCIA

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

ESPECIALIZAÇAO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RICARDO MACHADO MURILLO

 

 

 

 

 

 

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES,

TRILHAS INTERPRETATIVAS E TURISMO AMBIENTAL:

CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO CERRO DO JARAU

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quarai-RS

 

2009

RICARDO MACHADO MURILLO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES,

TRILHAS INTERPRETATIVAS E TURISMO AMBIENTAL:

CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO CERRO DO JARAU

 

 

 

 

 

 

 

 

 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao SENAC/RS/EAD como requisito parcial para a obtenção do titulo de Especialista em Educação Ambiental.

 

 

 

 

 

Orientador: Prof. MS. Daniel Araújo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quarai-RS

 

2009

RICARDO MACHADO MURILLO

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES,

TRILHAS INTERPRETATIVAS E TURISMO AMBIENTAL:

CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO CERRO DO JARAU

 

 

 

 

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao SENAC/RS/EAD como requisito parcial para a obtenção do titulo de Especialista em Educação Ambiental.

 

 

 

 

 

Aprovado em 30 de junho de 2009.

 

 

 

BANCA EXAMINADORA

 

__________________________________________

Profª. Dra. MÁRCIA PAUL WAQUIL

COORDENADORA DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

 

 

__________________________________________

                                Profª. Ms. ANA BEATRIZ COELHO DELACOSTE

COORDENADORA DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

 

 

 

____________________________________________

Prof. Ms. DANIEL ARAUJO

ORIENTADOR DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                Dedico a minha mãe Julia, insuperável!

Exemplo de garra, luta e superação de desafios.

Adriana, Eloisa e Louise, nunca desistam.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AGRADECIMENTOS

 

 

 

 

 

 

 

Aos professores Clorildes Lessa da Silva e Daniel Araújo pelo entusiasmo e incentivo a abertura de uma nova visão que mudam para sempre a minha vida.

 

A quem me acompanhou na noite fria, na hora da solidão, no momento da superação e no final do trabalho, quando a emoção da missão cumprida foi a maior recompensa!

 

Meu Deus, seja feita tua vondade!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESUMO

 

 

 

Há mais de dez anos o Cerro do Jarau, localizado no município de Quarai, Estado do Rio Grande do Sul é utilizado para atividades de Educação Ambiental e Trilhas. Ao longo deste período foi possível detectar a falta de integração de alguns visitantes com a natureza, os quais desconhecem os valores socioambientais, culturais, históricos e turísticos do local, além da carência de sensibilidade para integrar-se com a natureza. A partir deste diagnóstico elaborou-se o seguinte objetivo: minimizar os impactos ambientais gerados pelo uso desordenado de alunos, professores e turistas que visitam o Cerro do Jarau através do desenvolvimento de um curso de formação docente relacionado à Interpretação Ambiental. A fim de alcançar o objetivo proposto por este projeto serão desenvolvidas as seguintes etapas metodológicas: planejamento e implantação da trilha, formação docente em Interpretação Ambiental e condução dos alunos ao Cerro.

 

 

Palavras-chave: Interpretação Ambiental, Turismo Ambiental, formação de professores e Desenvolvimento Sustentável.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

1 APRESENTAÇÃO ............................................................................08

 

2 JUSTIFICATIVA ..............................................................................10

 

3 OBJETIVOS ......................................................................................12

 

3.1 Objetivo Geral ...................................................................................12

 

3.2 Objetivo Específico ............................................................................12

 

4 REFERENCIAL TEÓRICO ..............................................................13

 

4.1 Educação Ambiental............................................................................13

 

4.2 Interpretação Ambiental......................................................................14

 

4.3 Ecoturismo..........................................................................................16

 

5 METODOLOGIA ................................................................................23

 

6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................28

 

7 RECURSOS ..........................................................................................29

 

7.1 Humanos ..............................................................................................29

 

7.2 Tecnológicos e/ou Material ..................................................................29

 

7.3 Financeiros ...........................................................................................30

 

8 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ..........................................31

 

REFERÊNCIAS ........................................................................................32

 

APÊNDICES ............................................................................................. 34

 

ANEXOS ....................................................................................................41

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A educação ambiental postula em seus objetivos   

 gerais uma ampliação da consciência individual

para uma consciência coletiva”.

                                                                                                                            Mauro Guimarães

 

1 APRESENTAÇAO  

 

Há muito tempo o Cerro do Jarau (Apêndices A, B e C) localizado no município de Quarai, Estado do Rio Grande do Sul, serve como atrativo para professores, escolares e turistas (Apêndices D, E e F), sendo utilizado freqüentemente para atividades de Educação Ambiental e Trilhas (Apêndices G e H).

Compreende uma área de interesse multidisciplinar, possibilitando o desenvolvimento de atividades relacionadas a temas ecológicos, históricos, turísticos, sociais e ambientais. Por estes motivos o presente projeto pretende propor a criação de um programa de formação docente em educação e interpretação ambiental diretamente relacionado ao Cerro, local vinculado à história da expulsão dos mouros da Espanha, reduto do general Farroupilha Bento Manoel (Anexo A), palco da lenda da Salamanca do Jarau, de Simões Lopes Neto (Anexo B), símbolo maior e orgulho da comunidade de Quarai.

O Cerro caracteriza-se como um ecossistema único localizado no bioma Pampa (Anexo C), cuja formação até hoje é questionada (Anexo D). A porção do Cerro do Jarau que será envolvida por este projeto está localizada na Estância da Furna, propriedade do Sr. Jayme Nystron. Esta área localiza-se a apenas 25 km da sede do município, favorecendo assim um sistema de visitação programado e controlado.

As visitas orientadas no Cerro ocorrem de maneira informal há 10 anos, envolvendo professores, alunos e turistas. Ao longo deste período foi possível detectar a falta de integração de alguns visitantes com a natureza, os quais desconhecem os valores socioambientais, culturais, históricos e turísticos do local, além da carência de sensibilidade para integrar-se com a natureza.

Além das percepções obtidas durante as trilhas realizou-se um diagnóstico socioambiental. Este foi realizado através de uma entrevista com o proprietário do local (Apêndice I). As informações coletadas apontam para uma área desprotegida que fica a mercê dos visitantes, que criam suas próprias trilhas, montam acampamentos e que não tem preocupação com o lixo que é espalhado pelas encostas do cerro. Esta deposição

irregular de lixo no Cerro do Jarau, provocada pela visitação desordenada de alunos, professores e turistas, pode vir a comprometer a qualidade ambiental deste ecossistema.

O público-alvo selecionado para este projeto irá compreender os professores de instituições públicas (municipais e estaduais) localizadas no município de Quarai, com os quais realizou- se uma pesquisa sobre a importância da visitação ordenada ao Cerro do Jarau (Apêndice J).

No município estão locados 381 professores, conforme planilha explicativa abaixo:

Professores

Ensino Fundamental

Rede de Ensino Municipal

107

Rede de Ensino Estadual

274

Total

                             381

 

               Os alunos das escolas municipais e estaduais localizadas no município de Quarai irão compreender um público indiretamente beneficiado pelo projeto.

Atualmente o município conta com 774 alunos inscritos na rede municipal e 4.287 alunos inscritos na rede estadual, totalizando 5.061 alunos.

              Os turistas também serão beneficiados pelo projeto, pois, ao despertar a consciência coletiva em favor do eco turismo (Anexo E), estaremos promovendo o desenvolvimento sustentável (Anexo F).

               Os professores motivados nesse sentido formam bases sólidas para que os alunos reconheçam no turismo uma forma viável de valorização, preservação do meio ambiente e geração de renda com sustentabilidade.

 

 

 

 

2 JUSTIFICATIVA

 

O Cerro do Jarau compreende uma área de interesse multidisciplinar: ecológico, histórico, turístico, social e ambiental, que atrai visitantes das mais diferentes regiões.

O local é visitado por professores, alunos, turistas e curiosos, sem nenhum tipo de orientação. Essa movimentação agride o meio ambiente em todos os sentidos, apontando para perdas irreparáveis no ecossistema, tais como: sinais de fogueiras, pedras retiradas do cerro, lixo nos córregos, campos e mato, trilhas sem demarcação, nascentes desprotegidas, pintura das pedras com tinta acrílica e árvores depredadas.     

Estes aspectos negativos estão diretamente relacionados a falta de integração do homem com a natureza, gerando cidadãos alienados que desconhecem os valores socioambientais, culturais, históricos e turísticos do local, além da carência de sensibilidade para integrar-se com a natureza.

              Como ponto turístico de destaque regional o local é apropriado para o ecoturismo. Dessa forma a trilha existente no Cerro se transforma em trilha interpretativa,a qual valoriza a cidadania , protege a natureza, expande conhecimentos interdisciplinares, promove o desenvolvimento sustentável e contém a depredação.

A possibilidade de colocar o complexo do Cerro do Jarau ao dispor da comunidade também irá promover à cidadania, a justiça social, a preservação do meio ambiente e, pelos mecanismos do ecoturismo, impulsionar o desenvolvimento sustentável.

Capacitar professores para desenvolverem atividades interdisciplinares na trilha e, ao mesmo tempo, acionar mecanismos que facilitem o ecoturismo compreendem motivos que justificam a expansão do projeto. Os professores repassam os conhecimentos aos alunos, tornando-se multiplicadores da proposta.

Os parceiros integrados a esta propostas endossam a importância deste projeto, valendo considerar ainda, que o Cerro do Jarau e a lenda da Salamanca, emprestam seus nomes para lojas comerciais (Madeireira Jarau), entidades tradicionalistas (CTG Sentinela do Jarau) e emissoras de rádio (Salamanca FM), entre outras.

Este projeto também encontra justificativa nos seguintes aspectos: o Sr. Jayme Nystron (dono da área na qual o projeto será desenvolvido) poderá potencializar o uso da sua propriedade ao formalizar o ecoturismo em trilha interpretativa; o Sindilojas irá fortalecer o fomento ao desenvolvimento sustentável pelo turismo; a Emater poderá promover a valorização das atividades em comunidades nativas; a Corsan poderá desenvolver atividades voltadas para a proteção da água; a Prefeitura Municipal alcançará maior valorização de todo o patrimônio descrito; além da comunidade de Quaraí, que terá vantagens relacionadas à geração de novos empregos relacionados ao ecoturismo.

A execução em conseqüente continuidade deste projeto podem gerar influências positivas em nível estadual, tendo em vista a que a preservação ambiental do Cerro possibilita a inserção deste local em diferentes projetos, tais como: a) Caminho Farroupilha - cultura e tradição gaúcha do governo do Estado do Rio Grande do Sul;

b) Projeto de Desenvolvimento Turístico do Pampa Gaúcho em fase de implantação pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e c) Programa Rotas e Roteiros do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-Rs) que buscam ampliar as possibilidades do turismo regional pela formação de roteiros locais.

A evolução neste sentido aconteceu quando o SEBRAE-RS resolveu incluir ,em abril de 2009, o trabalho de ecoturismo realizado no Cerro do Jarau em seu vídeo promocional do Pampa Gaúcho (Anexo G)

A relevância da ação multidisciplinar proposta por este projeto também não pode ser desconsiderada, tendo em vista que a mesma transforma a realidade diagnosticada, onde as instituições, assumindo seus papéis frente à proposta, valorizam a cidadania e consagram os princípios da educação ambiental.

 

Dessa forma, podemos concluir que a Educação Ambienta deve estar voltada, prioritariamente, para a construção da cidadania. Segundo os técnicos José Quintas e Maria Gualda, do IBAMA, ela deve estar voltada para a gestão ambiental, criando as condições para: a participação dos diferentes segmentos sociais, tanto na formulação de políticas públicas para o meio ambiente quanto na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do meio natural, social e cultural (1995, p. 28).

 

Uma nova ética na relação dos visitantes com o Cerro do Jarau, alcançada através deste projeto, poderá estabelecer uma mudança de comportamento que transite da agressão para a conservação, já que em educação ambiental é preciso que o educador trabalhe intensamente a integração entre o ser humano e ambiente e se conscientize de que o ser humano é natureza e não apenas parte dela (GUIMARÃES, ANO)

 

3 OBJETIVOS

 

3. 1 Objetivo Geral

 

Minimizar os impactos ambientais gerados pelo uso desordenado de alunos,

 professores e turistas que visitam o Cerro do Jarau através do desenvolvimento de um

curso de formação docente relacionado à Interpretação Ambiental.

 

 

3.2       Objetivos Específicos

 

Elaborar um plano de interpretação ambiental para a trilha do Cerro do Jarau;

 

Implantar um curso de formação docente que aborde os temas turismo    ambiental e interpretação ambiental;         

 

Aumentar o fluxo de estudantes no Cerro do Jarau através da formação de             professores multiplicadores.

      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 REFERENCIAL TEÓRICO

 

4.1 Educação Ambiental                                                                             

 

A conferência intergovernamental de Tbilisi, 1977, é um marco referencial na evolução das concepções filosóficas, históricas e sociológicas da educação ambiental.

Para acompanhar um mundo em constante evolução foi definitivamente confirmado o modelo de atuação da educação ambiental, como um sistema de educação permanente, envolvendo a comunidade e seu meio ambiente, em uma integração que cria conhecimentos, proporciona experiências e acelera a ação para resolver os problemas ambientais do presente para preservar as condições ambientais do futuro.

Isto representa o nascer de uma responsabilidade até então pouco observada, a qual cresce a partir do momento em que surge a proposta de trabalhar com a busca de soluções locais para os problemas ambientais de cada comunidade, promovendo a visão socioambiental da integração homem/natureza. Segundo Senac (2008, p.83-96) os educadores ambientais deveriam atentar-se para questões relativas ao lugar onde vivem ou atuam.

Os caminhos que vinham sendo percorridos marcavam uma visão apenas dos problemas globais, mas desde então, a vertente socioambiental passou a ser projetada a partir de uma visão do enfoque local, colocando na mão do cidadão a possibilidade real de agir em defesa do meio ambiente em que vive, e assim, contribuir para o equilíbrio do planeta. Segundo Guimarães (2004) a educação ambiental postula em seus objetivos gerais, uma ampliação da consciência individual para uma consciência coletiva.

Sob o enfoque de ação social comprometida com a aprendizagem, desenvolvemos o presente projeto, o qual busca na educação ambiental a construção de novos valores referentes ao respeito à natureza e a todas as formas de vida. 

Ao estabelecer conceitos claros em torno da natureza preservada, auxiliamos no desenvolvimento de atitudes inovadoras que podem transformar a realidade do ambiente. Ao adotar esta estratégia nos alinhamos à proposta de Loureiro (2002) que define educação ambiental como:

 

Uma práxis educativa e social que tem por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possibilitem o entendimento da realidade da vida e a atuação lúcida e responsável de atores sociais individuais e coletivos no ambiente.

 

4. 2 Interpretação Ambiental

 

            A educação ambiental promovida em ambientes naturais pode ser praticada através do percurso de trajetos em trilhas que facilitam a interpretação ambiental.

            A interpretação ambiental significa a leitura do contexto natural através da experiência direta e da compreensão das relações que se entrelaçam durante o percurso. O sistema trilha/interpretação promove a construção de um sujeito critico, o qual aprende a ler e a interpretar as relações, as ocorrências, os problemas e os conflitos que existem em ambientes naturais. Dessa forma temos a definição de interpretação ambiental como

Uma atividade educacional que aspira a revelar os significados e as relações por meio do uso de objetos originais, através de experiências de primeira mão e por meios ilustrativos ao invés de simplesmente comunicar informação literal. (TILDEN apud HAM,1992)

 

A trilha é um percurso feito a pé que favorece a observação dos mais variados aspectos do ambiente natural, fazendo com que o sujeito aprenda através de todos os sentidos. Para Bedim (2008) as atividades de interpretação ambiental promovem reflexões sobre as relações entre o ser humano e o meio ambiente.

            Promover a interação homem/natureza, despertando a consciência ecológica em trilha interpretativa, faz nascer um processo de experiência junto a natureza onde são expostos valores culturais, históricos e ambientais que conduzem ao aprendizado, a reflexão e ao despertar de uma nova consciência De acordo com Lessa e Araújo (2008)

 

As trilhas são estratégias pedagógicas a serem experimentadas de maneira multidisciplinar, numa articulação dos diversos saberes, proporcionando assim uma abordagem transversal da temática ambiental e uma ferramenta facilitadora do aprendizado. Além disso, é um estimulo a capacidade investigadora e ao desenvolvimento humano, levando os educandos a repensarem sua visão de mundo, percebendo que o planeta é um todo, a partir da releitura da realidade ambiental.

 

Aberto para todos os segmentos sociais o projeto tem como alicerce primordial o exercício da cidadania em sua plenitude, contraponto a ética antropocêntrica que coloca o homem acima da natureza. Conforme Gonçalves (1990) o homem, instrumentalizado pelo método científico, pode penetrar os mistérios da natureza e, assim, tornar-se senhor e possuidor da natureza, consolidando a visão holística de integração do homem/natureza, favorecendo a aprendizagem pela vivência. De acordo com Paulo Freire (1980) todo aprendizado deve estar intimamente associado á tomada de consciência de uma situação real e vivida pelo aluno.

O projeto voltado para a capacitação de professores tende a universalizar valores e a expandir conceitos e conhecimentos que poderiam ficar restrito a poucos. Os professores com conhecimento das práticas da educação ambiental, devem transferir com maior propriedade este novo paradigma a seus alunos envolvidos indiretamente nesta proposta, pois conforme Freire (1980) afirma:

 

como professor não me é possível ajudar o educando a superar a sua ignorância se não supero permanentemente a minha. Não posso ensinar o que não sei. Mas, este, repito, não é saber de que apenas devo falar e falar com palavras que o vento leva. É saber, pelo contrário. Que devo viver concretamente com os educandos. O melhor discurso sobre ele é o exercício de sua prática.

 

Quando os alunos percorrem a trilha interpretativa com professores treinados, podem reconhecer acidentes geográficos, classificar animais e plantas, conhecer a história, a geologia, a cultura e vencer os próprios limites ao interagir ludicamente com a natureza em toda a amplitude, carregando em suas mentes, recordações que permanecerão ao longo de suas vidas, segundo Frisson (apud MORAES e LIMA, 2002 p.145) não se concebe mais um educador repassando conteúdos, nem um aluno alienado copiando,desvinculado do processo educativo.

A criação da trilha interpretativa instala o processo de construção da cidadania em sua mais alta expressão, pois todo cidadão pode usufruir dessa montagem.

Conseguir ler o meio ambiente é aprender um conjunto de relações sociais e processos naturais que configuram certa realidade socioambiental, captando as dinâmicas de interação entre as diversas dimensões. Remete o individuo a projeção de novos conceitos, tais como o de Capra (2005) que afirma

 

Quando olhamos para o mundo à nossa volta, percebemos que não estamos lançados em meio ao caos e à arbitrariedade, mas que fazemos parte de uma ordem maior, de uma grandiosa sinfonia da vida. Cada uma das moléculas de nosso corpo já fez parte de outros corpos - vivos ou não – e fará parte de outros corpos no futuro.

Nesse sentido nosso corpo não morrerá, mas continuará perpetuamente vivo, pois a vida continua. Não são só as moléculas da vida que temos em comum com o restante do mundo vivente, mas também os princípios básicos da organização vital. E como também a nossa mente encarnada, nossos conceitos e metáforas estão profundamente inseridos nesta teia da vida, junto com o nosso cérebro. Com efeito,nós fazemos parte do universo,pertencemos ao universo e nele estamos em casa,e a percepção desse pertencer,deste fazer parte,pode dar um profundo sentido a vida.

 

Esta visão remete a concepção de que pela interpretação ambiental em trilha, estamos também, abrindo caminhos mentais que conduzem ao reconhecimento que revisam conceitos sobre a vida e a natureza.

Segundo Cornell (1987), a interpretação ambiental bem dirigida deve seguir as seguintes regras básicas: ensinar menos e compartilhar mais; ser receptivo, concentrar sem demora a atenção das crianças e observar, sentir e criar um clima de alegria que prevaleça durante a experiência.

 

 

4.3              Ecoturismo

A designação para o contato entre o turista e a natureza é discutido no Brasil desde 1985, quando a Embratur iniciou o projeto "Turismo Ecológico", adotando a palavra ecoturismo, para todas as práticas nesse sentido. A primeira iniciativa de ordenar a atividade ocorreu em 1987 com a criação da Comissão Técnica Nacional, constituída por técnicos do Ibama e da Embratur, para monitorar o Projeto de Turismo Ecológico, em resposta às práticas existentes à época, pouco organizadas e nada sustentáveis. Instituto Eco Brasil (2009).

Em 1993, foi fundada a primeira organização não-governamental com o objetivo de implementar no pais o turismo em bases responsáveis, a Associação Brasileira de Ecoturismo – , posteriormente transformada em instituto e que atualmente continua seus trabalhos com projetos e programas que visam o ecoturismo e o turismo sustentável.

Com a criação das Diretrizes para a Política do Programa Nacional de Ecoturismo , o ecoturismo foi definido como:

um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas. EcoBrasil (2009)

Neste cenário, o Instituto Eco Brasil se apresenta com seu corpo técnico para a prestação de serviços especializados, em sintonia com os seus objetivos, atendendo os princípios do ecoturismo e do turismo sustentável, quanto a: publicar e/ou auxiliar na publicação de material informativo sobre atividades turísticas,
 promover a participação das comunidades locais nos projetos ou empreendimentos,
avaliar e divulgando os impactos sociais, financeiros e ambientais resultantes da exploração do  turismo,e promovendo a formação e capacitação profissional. Sempre atuante em projetos e programas, o Instituto participou das principais ações nacionais relacionadas com o ecoturismo, com destaque na elaboração das Diretrizes para a Política Nacional de Ecoturismo, que completou 10 anos em agosto de 2004.

No âmbito internacional, o ano de 2002 foi declarado pela Organização das Nações Unidas- ONU, por meio do programa de Meio Ambiente das Nações Unidas –UNEP, com apoio da Organização Mundial de Turismo –OMT (World Tourism Association –WTO), como sendo o Ano Internacional do Ecoturismo, tendo surgido o documento Declaração de Quebec que apresenta todas as avaliações a respeito do assunto. 

O ecoturismo não se apóia somente em atividades orientadas para a natureza, mas é também o precursor de uma filosofia que busca obter objetivos sociais, além dos individuais (porém se identifica como modelo de desenvolvimento dentro do qual as áreas naturais são planejadas como integrantes da atração turística de uma região ou país e relaciona os recursos biológicos com setores econômicos e sociais.

Surge então nossa região como o local ideal para a prática do Ecoturismo. O Pampa ocupa pouco mais de 176 mil quilômetros quadrados no Brasil, mas se estende também pela Argentina e Uruguai, chegando a 700 mil quilômetros quadrados. É uma das maiores regiões de campos do mundo e o único bioma brasileiro restrito a um estado, representando 63% da área do Rio Grande do Sul. A vegetação é dominada por gramíneas e arbustos. Em alguns pontos, se avistam pequenas matas, os capões. As árvores de maior porte são encontradas nas margens dos rios, sangas e arroios. Sete tipos de cactos e bromélias só são encontradas nesta região. Quanto à fauna, existem 102 espécies de mamíferos, 476 de aves e 50 de peixes.

Frente das ponderações o turismo surge como a fonte geradora de emprego e renda que mais cresce no mundo, sendo ativados por interesses culturais, históricos ecológicos, sociais, econômicos, políticos, geográficos e de consumo. O serviço turístico é estimulado com as características de uma verdadeira indústria sem chaminés, sendo propulsor de mudanças sociais e econômicas sem precedentes. O turista transforma a realidade social das comunidades, estimulando toda a cadeia turística de serviços. As belezas naturais compreendem atrativos que não podem permanecer escondidos da população, sendo que pela promoção de um turismo inteligente e ecologicamente correto é possível estabelecer uma firme conexão para o desenvolvimento sustentável.

O ecoturismo de forma abrangente promove a experiência ecológica vivenciada, determina a consciência do agente, destaca a valorização ambiental e atua na rede de desenvolvimento local. Segundo Machado (2005) o compromisso do ecoturismo é organizar um turismo capaz de promover o desenvolvimento dentro de critérios ambientais que garantam a manutenção de sua biodiversidade.

Na medida em que a atividade se expande e se especializa em serviços de acordo com o foco planejado, surgem variáveis que são balizadas pelo conceito de turismo sustentável.

Surge então a classificação, que segundo Machado (2005) subdividiu o turismo sustentável em categorias, que compartilham características, mas que se diferenciam nas dimensões, no foco e na qualidade das infra-estruturas disponíveis para sua realização, sendo estas, o turismo de natureza, turismo ecocientífico , turismo ambiental, turismo de aventura e o turismo rural.

O modelo que vamos praticar é o turismo ambiental que está ligado a conceitos mais amplos de conhecimento e interação entre homem/natureza, tendo como principal ingrediente na visita, a educação ambiental, proporcionando conscientização e esclarecimentos que transformam a trilha em aula prática.

 Conforme Machado (2005), neste caso as estruturas receptivas necessárias são pequenas, já que a maioria das visitas ocorre em apenas um dia. Aqui o que vale é a experiência educacional.

Os grupos de turismo ambiental são orientados por profissionais da área ou pelos que se inserem diretamente em trabalhos direcionados à conservação da natureza, com conhecimentos que serão repassados durante a visita. Em geral, os visitantes são estudantes ou curiosos que buscam contato com o ambiente natural (MACHADO 2005).

Inserido na visão de produto turístico sustentável, o turismo ambiental significa um avanço que transforma o produto turístico tradicional em uma base de aprendizado, alterando sua formatação, seu gerenciamento, sua organização e comercialização, pois expande a ação ecológica dentro do negócio.

O quadro abaixo especifica as características do turismo ambiental:

Características

Turismo Ambiental

Palavra Chave

Educação Ambiental

Ocorrência

Áreas naturais preservadas ou degradadas

Operação

Diretamente relacionado a atividade educativa

Cuidados com a natureza

Extremos

Conhecimento do local

Profundo

Objetivo

Conhecimento do ambiente e das modificações nele ocorridos

Grupos

Médios e Grandes

Envolvimento local

Não necessariamente

Agente de turismo

Envolvimento com educação ambiental

Envolvimento Cultural

Não necessariamente

Publico

Professores, estudiosos,alunos e interessados

Programas

Relacionando ações e conseqüências no ambiente

 

Observamos ainda, que o Brasil deve gerir o maior banco de biodiversidade do planeta, logo, o ecoturismo e suas derivações, apresenta-se como um dos mais inteligentes instrumentos de viabilização econômica para o gerenciamento correto dos recursos naturais, proporcionando aos brasileiros uma alternativa digna de conquistar seu sustento e uma vida melhor, ao mesmo tempo em que assegura às gerações futuras o acesso às heranças da natureza (OLIVEIRA, 2002).

 

            Dez por cento de todas as pessoas que viajam no mundo estão em busca de contato com a natureza. A projeção aponta para 15%, o que vai movimentar US$ 1,185 trilhão anuais. A receita gerada no Brasil com a atividade é de US$ 2,2 bilhões/ano, ou 5% do total movimentado com o turismo no país. Enquanto o turismo convencional no mundo cresce em média 5% ao ano, o ecoturismo chega a crescer 20%.  Os levantamentos apontam que no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas fazem ecoturismo todos os anos. Uma pequena parcela desse número corresponde aos estrangeiros – apenas 140 mil em 1994. Ou seja, o país está apenas mordiscando um enorme mercado quase inaproveitado. Nos Estados Unidos, 800 milhões de pessoas visitaram os parques naturais e 2,5 milhões de americanos observadores de pássaros viajaram ao exterior. Na Grã-Bretanha 80% da população viaja regularmente para o campo.

Segundo o documento da EMBRATUR – Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo –ECO BRASIL(2009), em 1988 o Quênia obteve, com o turismo, US$ 400 milhões. Em Ruanda, os turistas querem ver os gorilas do Parque Nacional dos Volcans e despendem, anualmente, US$ 1 milhão em ingressos e de US$ 2 a 3 milhões em outros gastos. Nos países desenvolvidos, o ecoturismo é uma atividade muito vantajosa. Somente o sistema de parques nacionais dos Estados Unidos recebeu mais de 270 milhões de visitantes em 1989. Os parques estaduais atraíram mais de 500 milhões (ibid., 1994).

É incontestável que o patrimônio cultural e a beleza natural são ingredientes que interessam ao turista e geram a possibilidade do turismo sustentável, ou seja, a inserção do turismo ambiental como prática que viabiliza a visitação ao mesmo tempo que alimenta a cadeia turística que gera emprego e renda.

A prática está consolidada, pois em SENAC (2008, pg.53), está identificado que

 

na medida em que as populações urbanas projetam sobre vida rural o ideal de vida simples e ecológica, cresce a oferta com turismo rural, de aventura, ecológico, pousadas rurais, hotéis fazenda, pesque-pague, trilhas ecológicas, etc.

 

A amplitude da ação abrange todo o movimento de planejamento do desenvolvimento que busca diminuir as diferenças sociais, combater a miséria, difundir o conhecimento, buscando alternativas que preservem o meio ambiente e o desenvolvimento da sociedade, que mudará o modo de produzir e consumir, alterando definitivamente o modo de viver em nosso planeta. Definitivamente posicionado, o projeto irá implantar uma relação definitiva e construtiva do desenvolvimento sustentável, pelo turismo ambiental, de modo que a relação homem/natureza seja estabelecida pela prática e pela geração de resultados econômicos que provém da preservação do meio ambiente, seguindo a orientação do Manual UICN, Mananging protected areas in the Tropics –ECOBRASIL(2009), onde está especificado que:

 

amostras representativas de importantes regiões naturais sejam mantidas em perpetuidade, que a diversidade física e biológica seja mantida e que o material genético selvagem seja conservado”. As áreas protegidas também podem contribuir para a preservação ambiental das áreas adjacentes, para a capacidade produtiva dos ecossistemas, para área de utilização de pesquisa e educação ambiental, para o desenvolvimento rural integrado e para o turismo de recepção.

 

 A população urbana tem muito a aprender com relação ao contato com a natureza e com as pessoas que convivem em harmonia com ela. A experiência é rica e abre a visão para uma atitude conservacionista apoiada em valores culturais, sociais, éticos e até políticos, que modernizam o modelo.

Além disso, a possibilidade de colocar as pessoas em contato com a natureza é um momento especial da vivência de cada um. O corpo em movimento, o contato direto com a terra ar e energia do sol e a relação direta com a fauna e a flora, despertam valores muitas vezes já perdidos por quem só vive em centros urbanos. O resultado do trabalho de conscientização contempla de imediato os pressupostos da educação ambiental permitindo que o educando tenha a vivência real e faça a sua construção de valores de acordo com a experiência. Conforme Lessa e Araújo (2008. pg. 158):

 

Em educação ambiental é preciso que o educador trabalhe intensamente a integração entre o ser humano e ambiente e se conscientize de que o ser humano é natureza e não apenas parte dela. Ao assimilar esta visão (holística) a noção de denominação do ser humano sobre o meio ambiente perde o seu valor, já que estando integrado em uma unidade (ser humano/natureza) inexiste a dominação de alguma coisa sobre a outra pois não há mais dominação.

 

Devidamente esclarecido o referencial teórico que sustenta este projeto, acreditamos que o conjunto de práticas educativas levam ao objetivo, na medida em que a trilha interpretativa praticada por professores facilita integração homem/ natureza, ressaltando os valores socioambientais, culturais,históricos e turísticos do Cerro do Jarau para os alunos e posteriormente para os turistas, chegando a conclusão alinhada com SENAC (2008,p. 259)

 

Avistando a resolução de problemas enquanto tema-gerador, este seria um desencadeador de um conjunto de práticas educativas que pretenderiam articular em torno de um problema socioambiental o maior número possível de elementos: éticos, políticos, culturais, ecológicos, históricos. Sem pretender apenas a resolução de um problema pontual, se trabalharia na dimensão de abordá-lo em suas diferentes dimensões, para que reincidências pudessem ser evitadas.

 

Finalmente, cabe avaliar que a interpretação ambiental e o turismo ambiental se complementam na solução do fato gerador do problema, trabalhando em conjunto e de acordo com as diretrizes da educação ambiental, consolidando em definitivo a participação essencial do especialista em educação ambiental no desenvolvimento desta modalidade de turismo sustentável. Segundo Gonçalves (1990) é necessário que se elabore a visão que comporta tanto a rosa quanto o espinho: a visão da roseira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5               METODOLOGIA

 

A fim de alcançar os objetivos propostos por este projeto serão desenvolvidas as seguintes etapas metodológicas:

 

Etapa 1 – Planejamento e implantação da trilha

 

O planejamento do sistema de trilhas compõe a primeira ação de organização de uma área natural para o ecoturismo, já que permite o acesso a áreas mais importantes do ponto de vista ecológico e cênico e auxiliam no contato direto do visitante com a natureza (MACHADO, 2005). Por esse motivo esta etapa irá compreender um pré-requisito para a execução das etapas seguintes.

Para a transformação da trilha atual em trilha interpretativa será revisto o traçado, os pontos de parada, os fatores de interpretação ambiental, as orientações ecológicas e o modelo de cuidados a serem desenvolvido no percurso, tais como, manejo do lixo, comportamento em trilha e ativação dos sentidos.

            A implantação da trilha irá seguir pontos interpretativos préviamente planejados e listados abaixo:

 

Parada 1- Inicio:

Informações geológicas e históricas, orientações sobre preservação ambiental, mistérios do local, cuidados com o lixo, integração social pela identificação dos participantes, atividade de aquecimento físico para a trilha, comportamento e visão da natureza. Modificações no ambiente causadas pelo surgimento do cerro.

 

Parada 2- Figueira do Amor Eterno

Observação da figueira do amor eterno, integração com a natureza pelo abraço à árvore, e ao sentir as batidas do próprio coração, descoberta de formas da natureza, acompanhar a silhueta da árvore, reconhecimento da área, avistamento de pássaros, integração social pelas 7 voltas do amor e fotografias.

 

Parada 3 – Galpão da Estância

Ultimas orientações, e contação da primeira parte da Lenda da Salamanca do Jarau, inicio da trilha. Índios charruas, Farrapos e Óvnis.

            No inicio da subida será promovida a integração coma majestade do cerro. Céu, vento, terra.e contação da 2ª parte da lenda na reboleira do santão.

 

Parada 4- Reboleira do Santão

A importância do guia, apreciação do panorama, contação da 3ª parte da lenda e subida do cerro dentro do espírito de equipe. Vencendo os próprios limites.

 

Parada 5 – Visão da Planicie

Subida do Cerro, contemplação de panorama, aceleração dos sentidos da visão, audição e olfato. Altitude, vento, sons,espaço, nuvens, pássaros e animais vistos de outra dimensão.Incentivar o encontro com a lagartixa do Jarau. Alma forte e coração sereno. Contação da 4ª parte da lenda. A caminho da furna.

 

Parada 6-Topo do Cerro

Compartilhar a inspiração, vôo astral, caçada do índio, observar os pássaros, sentir o vento, o calor e a grandiosidade da natureza, momento de reflexão pessoal e encontro espiritual com Deus. Contação da ultima parte da lenda. Descida, observação do formato das pedras, mato, guardiões, nascentes e aquários naturais, coração de pedra.

 

Parada 7 – Estância

Caminhar descalço,água, troca de experiências, imitar animais, integração social (o que você gostou?), fotos de encerramento.

 

            Segundo Machado (2005) a instalação e manutenção das trilhas devem seguir princípios básicos:

            . ser óbvia, sem favorecer aventuras desnecessárias

            . ser o caminho mais fácil a ser percorrido

            . ser o caminho mais conveniente a ser percorrido

            Dessa forma, a implantação da trilha do Jarau irá seguir as recomendações técnicas determinadas em Machado (2005): trilha bem determinada,com finalidade clara,organizada de forma simples, que propicie experiência enriquecedora ao visitante.

Para que as recomendações sejam cumpridas, serão realizadas as seguintes ações:

a) Demarcação com sinalização nativa que não interfira no ambiente

Serão colocadas placas de madeira nos pontos de parada de 1 a 7 .

Entre as paradas, a sinalização compreenderá pequenas bandeirolas com plástico colorido instaladas a cada 300 metros.

b) Regulamentação de visitação

Envolverá orientação sobre manejo do lixo, cuidado com animais e cálculo da capacidade de carga máxima da trilha.

c) Mapa da trilha

Após a definição do trajeto será realizado o mapeamento da trilha.Para esta ação está prevista a contratação de um profissional devidamente habilitado.

 

Etapa 2 – Formação Docente em Interpretação Ambiental

 

         Para a execução do projeto de formação docente em interpretação ambiental com visão de ecoturismo, será desenvolvido um seminário com a duração de 14 horas, dividido em 02 módulos de 04 horas cada e mais a ida a cerro com 06 horas de duração. Este curso será realizado na Via Center, localizado no município de Quarai. Este local dispõe de recursos de multimídia e poderá comportar uma turma de 25 professores.

            Os conteúdos que serão abordados durante o curso de formação seguirão o cronograma abaixo.

 

Módulo 1 – 5ª Feira – 18:00 as 19:45

 

Educação Ambiental

. Sociedade, natureza e desenvolvimento

. Ecossistemas e biomas

. Cidadania e Diagnóstico Socioambiental

. Os caminhos do Lixo

 

 

 

 

Módulo 2 – 5ª Feira – 20:00 as 22:00

 

O cerro

. O Cerro Do Jarau

. Lenda

. Aspectos geográficos, históricos, culturais, geológicos e biológicos

 

Módulo 3 -6ª Feira – 18:00 as 19:45

 

Interpretando o meio ambiente

. Interpretação Ambiental

. A escola sustentável

. As leituras da natureza

 

Módulo 4 – 6ª Feira – 20:00 as 22:00

 

Turismo e o desenvolvimento sustentável

. Ecoturismo um produto viável

. Turismo Ambiental

. Trilha Interpretativa

 

Módulo 5 Sábado – 08:00 as 13:00

 

Percorrendo a Trilha do Jarau

 

            O aprendizado seqüencial proposto por Cornell (1987) e composto por quatro estágios (despertar o entusiasmo, concentrar a atenção, dirigir a experiência e compartilhar a inspiração) compreenderá a estratégia metodológica utilizada durante os encontros com os professores.

 

 

 

 

 

Etapa 3- Condução dos alunos ao Cerro

 

            Para a conclusão deste objetivo, os professores já devidamente capacitados, deverão organizar suas turmas nas escolas e promoverem a condução de escolares na trilha segundo os conhecimentos e métodos adquiridos.

            As primeiras visitas ao Cerro do Jarau serão acompanhadas para ampliar a visão,devendo ser montando um agendamento para que o Educador Ambiental possa acompanhar a trilha.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6               CRONOGRAMA

Atividade

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Primeira avaliação da trilha

x

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pesquisar no site

Contato

Cerro do jarau Av. Artigas 1335 55 3423 1923
visitas agendadas
55-84217554